Ruach —
o homem autorizado[1]
” O vento sopra onde quer…” Assim Jesus resume a autonomia divina. O Ser humano e tenta controlar o divino com rituais, promessas, mas Jesus continua revelando. O “ruah” divino não está sob o domínio humano. Por essa razão utilizo a expressão “ruajanus” porque é sob esse “vento” que desejo e preciso viver aqui e agora.
Janus é meu nome que refere-se ao deus grego de janeiro que tem duas faces. Isso expressa minha dicotomia humana que precisa da ação divina para não viver mais dividido, mas em uma unidade com o Criador.
Esse vento de justiça, amor e santidade nos torna verdadeiramente humanos apesar da rebelião nata do ser humano contra o próprio criador.
O relato bíblico deixa claro a natureza desse “sopro divino” desde o inicio da história.
Em 113 casos de uma ocorrência total de 389 vezes no Antigo Testamento, a palavra hebraica ruach designa uma força da natureza: o vento, o ar em movimento, como um fenômeno poderoso, que está no poder e à disposição de Deus. Logo, em segundo lugar, se refere a Deus (136 vezes). Menos vezes caracterizam o homem. Quando se refere a Deus e ao homem, ruach pode ser considerada uma noção teo-antropológica. Como tal, designa Espírito (de Deus), e do ser humano a sua respiração, força vital, afeto e força de vontade.
E a terra era sem forma e vazia; e havia
trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das
águas. Gênesis 1:2
Note como no relato da criação,[2]
diz que “a ruach de Deus sopra as águas”. Referindo-se à
criação, a passagem de Salmos 33:6 usa ruach como sinônimo de
“palavra”, pois ambas coisas saem da boca de Deus.
Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca.
Mas ruach,
como o hálito de Deus, é força vital criadora, a qual dá a vida ao ser humano e também determina a sua duração.
E formou o Senhor Deus o homem do pó da
terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma
vivente. Gênesis 2:7
Então disse o Senhor: Não contenderá o
meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus
dias serão cento e vinte anos. Gênesis 6:3
Em
Gênesis 8:1 Deus faz soprar a ruach sobre
a terra a fim de diminuir as águas do dilúvio.
E lembrou-se Deus de Noé, e de todos os
seres viventes, e de todo o gado que estavam com ele na arca; e Deus fez passar
um vento sobre a terra, e aquietaram-se as águas. Gênesis 8:1
Gênesis 6:3 mostra uma
característica de ruach: sendo o divinamente poderoso, está em
contraste com basar[3] como
o humanamente impotente.
Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para
sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e
vinte anos. Gênesis
6:3
A ruach humana
é, antes de tudo, a respiração. Como força vital do humano, é Deus que a dá.
Com a ruach de Deus a pessoa humana também recebe uma
capacidade extraordinária, que a autoriza a assumir o encargo de realizar a
obra de Deus. A existência do humano assim autorizado já se insinua em— o faraó
procura “um homem no qual está a ruach de Deus”.
E disse Faraó a seus servos: Acharíamos
um homem como este em quem haja o espírito de Deus? Gênesis 41:38
Em
primeiro lugar, ruach significa o seguinte nas narrativas da
criação: ao receber a ruach de Deus, o homem é autorizado para
ser humano; nada mais, nada menos que a humanidade da criação.
Na maioria das vezes nas quais aparece no Antigo Testamento, ruach significa
o sopro forte do vento e a atividade vivificante e autorizadora de Deus. Por
isso, é usada também não só para exprimir disposições do coração, mas ainda
mais para ser a portadora de ações enérgicas da vontade
[1]
Edgard Silva Pereyra em https://teologiadacriacao.blogspot.com/2012/12/iv-o-ser-humano-conceitos_2.html
[2] Gênesis
1:2
[3] Basar como “carne” aparece em Genesis 2:23 e 29:14 nas fórmulas de parentesco, isto é, no sentido daquilo que une os seres humanos entre si, respectivamente “ossos de meus ossos e carne de minha carne” e “és meu osso e minha carne”. Ou como afirma Judá perante seus irmãos quanto a José: “ele é nosso irmão, nosso basar” (Gênesis 37:27).
Amo suas postagens. Deus muito tem falado ao meu coração quando o ouço na rádio Transmundial . Hoje consegui navegar no seu site, quanta riqueza em seus conteúdos, que Deus continue lhe usando para Sua glória!
Prezada Sueli,
Antes de terminar esse ano registro o recebimento de seu comentário.3 Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.
4 Por intermédio destas ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça.
Leia todo o capítulo e veja o “plano de carreira” que temos pela fé nas promessas divinas.
Grande abraço
Janus Tarso
Oro pedindo ao nosso Deus que seu fé se firme nas maravilhosas promessas de Cristo Jesus, elas nos tornam participantes da natureza divina como está registrado em 2 Pedro 1: