DIVÓRCIO, PARA QUEM?

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Muita gente quer saber se tem razão ou não para pedir o divórcio e colocar fim ao seu casamento sem amor. Quem buscou na cerimônia religiosa alguma garantia de proteção sobrenatural para seu relacionamento conjugal erra. A fonte dos problemas conjugais não está fora do relacionamento, mas dentro do coração de cada um dos cônjuges. É frequente os relacionamentos se orientarem pela paixão, pela ostentação, medo da solidão, busca por status social.  Na cerimônia prometem permanecerem juntos com ou sem dinheiro, com ou sem saúde, com ou sem alegria. E quando a alegria, a satisfação, desaparecem do relacionamento, acreditam que o divórcio é a única solução.

Casar oficial ou informalmente nem é difícil, mas continuar no relacionamento durante as descobertas de si e do outro é o verdadeiro desafio. Há várias situações em que entendemos a realidade e necessidade do divórcio. A grande dor sofre aquele que não deseja o divórcio. Sem dúvida as brigas conjugais podem começar com alguma dificuldade de um dos cônjuges. Mas a falta de habilidade e maturidade do outro acrescenta mais atitudes que prejudicam a comunicação e o afeto. Como em um círculo um fornece ao outro novas oportunidades de agir destrutivamente. Assim o divórcio não faz alguém mais ou menos pecador. O divórcio é somente a comprovação da incapacidade humana de trilhar o caminho da reconciliação instintivamente[1]. Muita gente não se utiliza do divórcio diretamente por diversas razões mas o relacionamento perde o companheirismo, a alegria. O divórcio, na verdade revela a única escolha digna para quem tem um coração insensível, como revelou Cristo Jesus.

Não há mágica na restauração de um casal em vias de divorciar-se. Há sim o caminho divino de liberdade, amor, arrependimento e confissão, enfim uma nova aliança onde as fraquezas e potenciais de cada um são praticadas. Isso dá um imenso trabalho. A disposição para isso só é possível quando cada cônjuge decide voluntariamente trabalhar a restauração da própria vida diante de Deus e do cônjuge[2]. O milagre não acontece no casamento mas no coração de cada um. Dois só andarão juntos se fizerem um novo acordo entre si e na presença de Cristo Jesus. Você precisa entender essa realidade.

• Esta mensagem responde á pergunta: O que o divórcio revela da condição moral e espiritual dos que fazem uso dele?
• Tarefa para hoje: A primeira necessidade de qualquer pessoa disposta ao divórcio é avaliar o que Cristo fez para reconciliar a raça humana infiel com o Criador. Ai está a base para a reconciliação conjugal.

[1] Marcos 10:5-8 “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento;

Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne.” Os (Pais da igreja) fundadores da Igreja declaram que o Evangelho de Marcos foi escrito depois da morte de Pedro, que aconteceu durante as perseguições do Imperador Nero. A maior parte das evidências sustenta uma data entre 65 e 70 d.C. 

[2] Efésios 5:25-30  “Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela. Ele fez isso para dedicar a Igreja a Deus, lavando-a com água e purificando-a com a sua palavra. E fez isso para também poder trazer para perto de si a Igreja em toda a sua beleza, pura e perfeita, sem manchas, ou rugas, ou qualquer outro defeito. O homem deve amar a sua esposa assim como ama o seu próprio corpo. O homem que ama a sua esposa ama a si mesmo. Porque ninguém odeia o seu próprio corpo. Pelo contrário, cada um alimenta e cuida do seu corpo, como Cristo faz com a Igreja, pois nós somos membros do corpo de Cristo”.